terça-feira, 17 de setembro de 2013

As Long As You Love Me - Cap (68)

É na liberdade que muitas pessoas encontram o pecado


Justin: agora vamos -falou ligando novamente a moto e deixando a mansão para trás-



_Hum...Makoto...quanto tempo que não venho aqui -disse me levantando e saindo de cima da moto, não tive o trabalho de tirar o capacete pois eu como ele tinha jogado no jardim-




Justin: meu segundo favorito -ele desligou a moto e logo saiu- vamos? -disse estendendo a mão para mim-




_Sim, vamos -dei as costas para ele e entrei no lugar, incrívelmente luxuoso-




Um garçom muito bem vestido, gentilmente veio até nos e sorriu dizendo que guiaria nós até nossos lugares, acompanhando ele paramos em uma mesa bem no meio do salão, uma mesa a dois. Puxando a cadeira para que eu pudesse me sentar, agradeci a ele pelo gesto generoso.




Justin: galanteador.




_Ironia essa sua -mandei uma piscadela para ele, pegando o menu da mesa e cobrindo meu rosto-




Justin: eu vim em ato de paz -disse levantando as mãos na altura de seus ombros-




_E quem disse que estou em guerra? -abaixei mais o menu na possibilidade de só meus olhos ficarem de fora- você ainda não me viu fazendo inferno.




Justin: nem pretendo...




Depois de pedirmos o nosso prato comemos em silêncio, apreciamos um pouco de vinho e decidimos voltar para casa. 




Justin: até quando?




_Até quando o que? -disse enquanto passava pela porta do restaurante-




Justin: vai me tratar como nada?




_Até quando um "desculpas" não pesar da sua boca -parei perto da moto esperando ele subir-




Justin: por que não me falou antes? complicada você em -disse irritado prestes a subir-




_Então?




Ele bufou, e balançou a cabeça impaciente subindo na moto, virou o rosto para mim e me olhou-




Justin: me desculpe.




_Hum...não -sorrir sínica e subi na moto-




Justin: como não?




_Não é não, agora vamos quero começar minha greve logo. -ele ligou a moto e saiu devagar-




Justin: greve? que greve? -sorriu ele aumentando um pouco a velocidade da moto-




Cheguei até seu ouvido com meu sorriso mais sínico e sussurrei.




_De sexo!




Ao meio da pista, ele não fez nem questão de ir a um acostamento, não fez questão nem de olhar se havia algum carro atrás que por nossa sorte não tinha, ele freou com tudo a moto que pude sentir o pneu  traseiro subir.



_TÁ MALUCO? QUER NUS MATAR?



Justin: NÃO, MAIS VOCÊ QUER ME MATAR -ele gritou- MAIS QUE PORRA DE GREVE É ESSA? TÁ SURTANDO AGORA, POR QUE SE TIVER FAÇO QUESTÃO DE TE LEVAR DAQUI PRA UM HOSPÍCIO.



_Justin olha o escândalo. -abaixei a cabeça lentamente cobrindo com uma de minhas mãos o meu rosto-




Justin: ENTÃO DIZ QUE ISSO É UMA PIADA, UMA PIADA SEM GRAÇA -ele continuava a gritar mesmo parado, sentia os olhares queimarem sobre mim perante a situação não pensei em duas vezes em responde-lo-




_Sim é uma brincadeira agora pelo amor de Deus vamos -com um sorrisinho vitorioso ele deu a partida e acelerou a moto e saímos-




Aquele não era o caminho de casa, tinha certeza que não já que passávamos por uma pista cheias de curvas, quase vazia de carros e logo ao lado a praia. Sentia aquele vento temperado nem frio e nem quente bater em meu rosto e bagunçar meus cabelos na forma certas, aquela sensação de liberdade parecia ser um sentimento nunca sentido para mim, parecia ser infinita o poder da liberdade.




Justin: ABRE OS BRAÇO E LEVANTA -ele gritou empolgado-




_E SE EU CAIR? -gritar era o único jeito de um ouvir o outro-




Justin: JAMIS CAIRA COMIGO.



Sorrir nervosa e me soltei de sua cintura e segurei em seus ombros, apoiei meus pés bem antes de me levantar e quando fiz isso ele gritou novamente.



Justin: ABRE OS BRAÇOS (SN).



Sim, eu abri meus braços e senti a brisa percorrer por todo meu corpo eletrizando cada canto dele, Justin ia a quase 100 km. Sinto agora mesmo o coração batendo desordenadamente dentro de meu peito, me sinto viva novamente o sabor da adrenalina, o cheiro do perigo, as curvas perigosas já não me preocupava mais, era só eu e a liberdade, era só eu e o amor que mexeu comigo por inteira. Abracei seu pescoço e me sentei novamente, passei meus braços por baixo de sua jaqueta de coura e deitei sobre suas costas e senti o sol morno bater em minhas bochechas, eu não podia sentir sensação melhor que essa, o calor natural, o calor humano...



Justin: chegamos! -ele paro a moto e pós seu pé no chão para segurar a moto-




_A onde estamos? -disse descendo da moto, era um lugar alto mais não muito ainda na pista. Dava para se ver a enorme praia que parecia ser infinita, encostei meus cotovelos no concreto e subi um pequeno degrauzinho ele fez o mesmo ao meu lado.




Justin: eu e Jason fazíamos pegas aqui, só nós dois, sempre apostávamos. -seus olhos estavam fixados no mar-



_Que tipo de aposta? -olhava para ele interessada na conversa, ele abriu um sorriso antes de falar e olhou para mim-



Justin: quem perdesse, arrumaria o quarto do outro por um mês, pagaria uma noite na gandaia por uma noite.



_Hum, festinhas?




Justin: eu nem sonhava em te conhecer.




_Não estou dizendo nada...-dei de ombros, fingindo não se importar-




Justin: o que aconteceu ontem...eu sei que errei e sinto muito por isso mas é que eu tenho meus negócios e tenho que agradar meus clientes...




_É melhor irmos embora -sorri de lado descendo o pequeno degrau-




Justin: espera, você não falou nada -ele segurou em meu braço-




_O que quer que eu diga?




Justin: nada, só não quero que fique assim comigo, anda (SN) somos um casal não podemos ficar com essas briguinhas tolas.



_Eu não estou chateada, vamos!




Justin: está sim, quando está brava ou chateada você pisca os olhos três vezes consecutivas, sua mão abre e fecha diversas vezes -ele vinha se aproximando de mim até parar em minha frente e segurar minha mão que- 



_Como você sabe?



Justin: parece que te conheço a anos...



Acariciei sua mão com o polegar e deitei minha cabeça sobre seu ombro.



_Eu te amo tanto que chego a te odiar.




Justin: você é bipolar ou o que? -disse com uma voz risonha-




_Você é idiota ou o que?



Justin: me acha idiota?



_Não, te acho muito idiota -comecei a rir dele-



Justin: ah é? então veja isso -ele se soltou de mim e voltou para o murinho baixo de concreto e subiu o pequeno degrau, olhou a paisagem por um tempo e pegou fôlego- (SN) ME DESCULPA EU SOU UM IDIOTA, O SEU IDIOTA POR QUE EU TE AMO. (SN) VOCÊ É A RAZÃO DA MINHA VIDA, A MULHER DA MINHA VIDA EU TE AMOOOOOOOOOOO.



_Justin, o que está fazendo meu Deus que vergonha -cobri meu rosto e comecei a ter uma crise de riso-



Justin: FICA COMIGO PRA SEMPRE, EU TE AMOOOOOOOOO -ele gritava sem parar, para o nada-



_Sai dai -puxei ele pela cintura rindo-




Justin: você tá corada -suas mãos alisaram meu rosto-



_É o frio -abaixei minha cabeça envergonhada-



Justin: mais estar o maior calorão.



_É o calor.



Justin: estamos na sombra -não contive o riso, nem eu e nem ele-



_Então a culpa é toda sua.



Justin: as vezes gosto de ser o culpado -se eu estava corada antes, agora deveria estar um pimentão- principalmente o culpado pelo teu sorriso.



_O efeito é você -envolvi meus braços em seu pescoço-



Justin:  Minha -grudei nossas testas-



_ Sua -disse baixinho-



Justin: Só minha? -ele arqueou uma das sobrancelhas-


_Sua e do mundo -comecei a rir-



Justin: Ah vai se foder -ele se separou de mim e deu as costas-


_Vem me foder -disse no pé de sua orelha-


Justin: Vai foder com o mundo -senti a ironia em sua voz, ele cruzou os braços olhando a praia-


_Meu mundo é você -abracei ele por trás e coloquei meu queixo em cima de seu ombro-



Justin: com quem está aprendendo esse tipo de coisa?



_É a convivência.



Justin: que por acaso se chama Morgana.



_Você nunca se darão bem não é?



Justin: já te disse que nunca é uma palavra muito forte.



_Você e suas lições...



Justin: alguém tem que ser o cabeça nessa vida.

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