terça-feira, 8 de outubro de 2013

As Long As You Love Me - Cap (75)

_Como você pode ser tão...idiota ao ponto de só pensar em si...-me ajoelhei ao seu lado segurando ainda sua mão- olha o que você fez, olha o meu estado tudo que te atinge acaba atingindo duas vezes mais forte em mim -minha voz saia embargada por conta do choro- você que me deixar? é isso? pois você não vai, não tem esse direito de fazer isso comigo -tentei ser o mais firme possível- por favor, não me deixe também -me levantei e sentei sobre a beirada da cama- eu não irei suportar mais um -deitei lentamente minha cabeça por cima do seu peito, seu calor me favorecia todo tipo de proteção possível, seu coração, ah seu coração não batia tão rápido como antes, meu Deus não o deixe ir, não o tire de mim.


Uma semana e meia havia se passado, as aulas havia voltado, apenas saia da escola e já vinha diretamente para cá, Justin não tinha acordado e nem dado nenhum avanço no laudo do médico, me sentia fraca, mais leve que uma pena quase sem forças para seguir enfrente, a base de eu estar ainda forte e que me mantia equilibrada era aquela máquina ao lado que soava o famoso bip avisando que seu coração ainda batia. Meu pai vinha quase todos os dias ver como eu estava, ele sabia da verdade e por incrível que pareça ele não me crucificou a nenhum momento apenas ficou ao meu lado. Os médicos só não haviam desligado os aparelhos pelo fato que estávamos bancando toda sessão. E lá estava eu, segurando uma de suas mãos enquanto minha outra acariciava seu rosto gélido, os lábios secos, não estavam avermelhados e cheios como antes, sorri ao lembrar dos momentos e bocados que passamos, sorrir ao lembrar de meu próprio pai atirar em nosso carro enquanto fugíamos.


_Eu daria tudo para viver mais uma aventura com você -assim que falei, Chaz apareceu na porta sorrindo simpaticamente para mim-


Chaz: vá para casa (SN) e tome um banho, descanse um pouco eu fico aqui com ele -ele entrou no quarto e ficou parado ao lado da porta-


_Eu não estou cansada -na verdade eu estava exausta, todos os dias eu dormia em uma cadeira meia desconfortável, mais era ao seu lado e tudo mudava-


Chaz: você não tem uma noite de sono certa desde o dia que ele deu entrada aqui, eu prometo que qualquer coisa eu te ligo.


Suspirei cansada e olhei para ele que estava na mesma posição a dias, ficava entre a cruz e a espada entre o deixar ou ficar com ele.


_Tudo bem -recuperei o pouco de forças que ainda tinha e me levantei, todos os dias lhe dava-lhe um beijo em sua testa e em sua mão, hoje pela saudade, pela carência pela falta que ele me fazia, selei seus lábios e fui até seu ouvido sussurrando um "volte para mim", sei que poderia ser a mesma frase clichê de sempre "eu te amo" mais ele já sabia, e nunca duvidou do amor que eu sentia para ele, desentrelacei meus dedos dos meus e dei as costas, peguei minha bolsa e quando finalmente estava indo até a porta fui impedida por um barulho diferente que a máquina de batimentos cardíacos proporcionava, os batimentos que estavam em 60 a 68 estavam a 80 a 90 me virei para ele um pouco assustadas, sua boca levemente começou a se abrir até ficar totalmente entre aberta, seu dedo indicador onde era preso pelo aparelho  levanto bem devagar, e por fim com dificuldades por conta da claridade ele abriu os olhos, minha bolsa escorregou do meu ombro e caiu no chão, olhei para Chaz para ter certeza em saber que eu não era única a ver aquilo, e Chaz estava paralisado olhando para ele e assim que olhou em minha direção com os olhos marejados ele sorriu, por fim mandei ordens para minhas pernas que pareciam estar apregadas no chão então corri em sua direção e Chaz correu mais correu para o lado de fora a procura de alguém.- JUSTIN! -segurei em seu rosto tentando que ele  focasse em mim- você acordou meu amor- uma gota de água deslizava em meu rosto até chegar em meu queixo- você acordo -minha voz saiu tão fraca dessa vez que eu mal pude ouvir a mim mesma-

A porta foi aberta com uma certa agressividade, aparecendo um enfermeiro e o doutor Thomas logo atrás depois de alguns segundos Chaz, Chris e Ryan. Ele me mandaram me afastar, eu teria feito se ele não tivesse apertado minha mão e negado gentilmente com a cabeça me olhando assustado, o médico deixou que eu ficasse ao seu lado, segurei firme, lhe passando toda proteção possível enquanto eles faziam seu trabalho. Ele não falava e não se mexia só observava a movimentação no quarto mais em nenhum momento soltava minha mão nem que fosse por um segundo só.


xXx: isso foi incrível -disse o enfermeiro meio espantado ao seu lado-


Thomas: eu sei, não fomos nós, foi o poder divino -disse retirando sua máscara do rosto e colocando dentro do bolso do jaleco- você me entende?


Justin: não! -disse ele estupidamente me tirando um sorriso-


Chris: é, ele está bem doutor.


Thomas: de mal humor senhor Jhosh? -ele o examinava- entendo como é acordar depois de um certo tempo


Justin: mais que diabos é Jhosh?


Thomas: como assim? não se lembra mais do seu nome -disse ele espantado-


Justin: meu nome não é Jhosh -ele tentou se sentar na cama mais não conseguiu, o enfermeiro lhe ajudou-


Ryan: Jhosh meu parceiro, você está em um HOSPITAL -disse ele dando em fase ao nome hospital-


Justin: hum...é, eu lembro...Jhosh...meu nome é Jhosh doutor.


Thomas: que susto rapaz, achei que estivesse com amnésia isso sim seria de fato um problema -ele parecia mais calmo- então me fale o que aconteceu-


Justin: não me lembro de muito, lembro que fui até meu escritório, enchi a cara pra caralho e pronto.


_Nada de drogas? -o lembrei, era esse tipo de conversa que iria vim-


Justin: drogas?...não lembro disso.


Thomas: você teve uma overdose fortíssima garoto, e o laudo comprova que você usou e abusou de...

Justin: me sinto cansado -disse ele mudando de assunto rapidamente- minha cabeça dói pra caralho


Thomas: vou te dar um sedativo, vai te ajudar um pouco e agora que ele acordou, só quero apenas uma pessoa dentro do quarto, vocês não o podem cansar ele.


Chris: tudo bem, eu fico -disse ele se sentando na poltrona que eu dormia todas as vezes-


Todos, aleatoriamente começaram a rir e Chris ficou com cara de bobo, Ryan colocou a mão em cima de meus ombros ainda rindo e falou.


Ryan: acha mesmo que ele quer ficar com você invés da sua própria namorada.


Justin: Ryan tem razão.


Chris: falou cara, somos irmãos desde pequenos mais to de boa parceiro -ele se levantou irritado nus fazendo rir mais ainda-


Chaz: tinha que ser a criança da família.


Ryan: nem me fala.


Chaz: é melhor irmos, essa semana não deu para fazer nenhuma reunião.


Justin: depois quero falar com vocês.


Ryan: falou irmão, sai daqui logo por que tá foda tocar os negócios sem você.


Justin: amanhã mesmo.


_E quem te deu alta? você é doutor por acaso?


Thomas: sinto muito senhor Jhosh, mais terá que passar no mínimo três dias aqui.


Justin: meu caro, tempo é dinheiro e já perdi muito aqui preso.


Chaz: estamos bem cara, uns dias a mais não vai afetar em nada -ele se despediu de Justin- vamos Ryan-


Eles me deram um abraço, Chaz sussurrou um "fica de olho nele" apenas afirmei que sim com um sorriso bem mais aliviado, o médico e o enfermeiro saiu logo em seguida.


Justin: uma semana e meia...como andam as coisas? -ele sabia, lá no fundo ele sabia que eu chegaria nesse assunto-


_Por que fez isso? -minha voz vacilou quando falei-


Suspirando brevemente como se estivesse cansado sua expressão mudou.


Justin: (SN) você me conhece, eu não sou nenhum santo, e não vai ser agora que eu irei mudar.


_Você está me perdendo aos poucos, e logo não terá mais nada. Não em relação sobre meus sentimentos por você, ele estava aqui acabados, feridos, machucados enquanto você nem abria os olhos, você mesmo está me perdendo pelo fato de fazer coisas perigosas, acha que pessoas assim duram por muito tempo?


Justin: nessa vida, eu só estou de passagem.


_Então sua passagem é mais curta que o tamanho de seu neurônio.


Justin: olha (SN), eu estou cansado disso tudo, nossas brigas, Charlie me perseguindo, Marcus preso no galpão, os rachas...Por favor, vamos nos entender de vez eu prometo tentar mudar, prometo me esforçar o máximo possível para que as coisas andem em linha reta, por favor...Dessa vez não.


_Você que tanto pediu para que eu confiasse em você.


Justin: e não quero que deixe de confiar em mim, só me der uma segunda chance, eu aprendi a lição dessa vez.


_Eu esperava tudo de você mais dro...


Justin: (SN)! -ele não deixou que eu terminasse- estou te pedindo, por favor. -ele fez uma careta pondo a mão na cabeça-


_O que foi -coloquei minha sobre a sua que estava na cabeça-


Justin: não é nada, só o remédio fazendo efeito.


_Quer que eu chame o doutor?


Justin: não, quero que você fique aqui comigo e diga que vai esquecer esse assunto. -ele pegou em minha mão, me sentei para lhe responder, estava exausta-


_Como posso esquecer de uma coisa que me deixou com insônia, preocupação e agonia? não da Justin -respirei fundo, meus pulmões parecia que estavam secos, pouco ar eu conseguia puxar-


Justin: pelo nosso amor.


_Pelo nosso amor -fiz carinho em sua mão e ele sorriu, me encostei na poltrona, ele me olhava afetoso, analisando cada detalhe em meu rosto, seus olhos não desgrudavam de mim por nada muito menos eu, até minhas pálpebras pesarem e eu perder o controle sobre meus olhos, acabei entrando em coma profundo.

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