segunda-feira, 3 de março de 2014

As Long As You Love Me - Cap (109)

“Dizem que quando é pra dar certo,
até os ventos sopram a favor.

(MÚSICA DO CAP)


Justin: como quiser.




Não havia um rastro do sol pelo céu, o dia estava tão frio que as pessoas usavam mais de um agasalho para se proteger contra ele, desencostei minha cabeça da janela do carro e destranquei a porta para descer já sentido aquele cheiro que todos temiam dentro de um cemitério, isso me causava calafrios. 







Justin: eu vou te esperar aqui fora -apenas fiz que sim com a cabeça e respirei fundo para poder dar o primeiro passo em direção ao cemitério e quando fui me dar conta estava em frente ao tumulo da minha mãe, segurei firme a única rosa que eu havia levado e mordi os lábios lendo a mensagem que estava gravada em seu tumulo, "Eu cresci esperançosa e fui embora realizada" meu pai havia dito que essa frase era a que minha mãe queria em seu jazigo se um dia ela fosse antes que ele, ele sempre achou isso a maior tolice mais se deu conta quando ela se foi.







_Oi mãe, olha só minha primeira vez aqui -sorri feito uma idiota retardada olhando pro seu nome cravado no mármore- é tão estranho apenas te ver por uma pedra que só tem seu nome escrita nela e pensar que você está bem abaixo dos meus pés -uma lágrima escorreu pela minha bochecha mas eu limpei bem rápido- não queria que isso fosse um encontro se é o que parece, eu só queria...saber como você está...mas acho que as coisas vão boa por ai não é? -fiz uma breve pausa- eu acabei de me formar, eu só não trouxe o diploma por que dormi em casa ele ficou na casa do Justin...Meu príncipe de ferrari -ri da minha própria piada- papai mudou tanto que nem parece ser o velho James de antes e eu estou adorando o novo. Eu ando tão feliz ultimamente mãe, as coisas vem dando tão certo, acredita que vou me casar? sim mãe eu vou me casar com o homem da minha vida, sei que meus 18 anos nem chegou e já vou subir no altar mesmo assim, queria que você me ajuda-se a escolher meu vestido de noiva, o buquê, a cor da decoração, cada detalhe eu iria precisar da sua ajuda como eu sempre precisei mas você não está aqui em vida e sim espiritual, tanto tempo se passou e eu cresci e você não me viu me desenvolver mas quem sabe de onde você está você tenha acompanhado cada passo meu? eu te amei mesmo sem te conhecer, sem ver seu sorriso, conhecer seus costumes e manias, comer da sua comida e dizer se estava boa ou ruim, acordar de manha e dormir com um beijinho de bom dia e boa noite, ou "até mais querida, cuidado" quando eu fosse para escola ou até um "filha, não vai pra essa festa, estou com um pressentimento ruim" eu te juro que tiraria toda a roupa e ficaria vendo filmes de romance e comendo bastante porcaria com você mãe, faria questão de sair abraçada com você pelo park no fim de tarde e andaríamos de patins juntas pela calçada da praia. Ah mãe, eu ainda dentro de você já havia planejado nossa vida toda aqui fora, junto com o papai. Hoje eu só queria um beijo seu de boa sorte na vida filha, apenas isso -tudo estava tão calmo e de repente começou a ventar forte, meus cabelos bagunçaram todo indo para frente e o mesmo vento que parecia vim um furacão foi embora voltando ao estado calmo de antes, confesso que aquilo foi assustador mas me deixou bem diferente, sorri parando de chorar e dei meia volta daquele lugar, antes  de me afastar totalmente parei e virei apenas meu rosto por cima dos meus ombros olhando de volta em direção a rosa que estava no mesmo lugar quando eu havia colocado assim que cheguei ela não tinha saído do lugar estava intacta e então sussurrei "eu te amo mamãe" e sai do cemitério, Justin estava de cabeça baixa encostado no carro com os braços cruzado assim que viu que estava se aproximando dele ele ergueu a cabeça e se ajeitou me olhando, eu era outra pessoa estava me sentindo tão bem nem parecia a velha (SN) que havia entrado toda tristonha naquele lugar.







Justin: está tudo bem?






_Sim -balancei a cabeça destrancando a porta do carro na mesma hora que ele-





Justin: encontrou alguém lá dentro? -estávamos conversando olhando por cima do carro, eu segurava a porta para que ela não fecha-se e ele também, pensei por alguns segundos que foi o tempo de me deixar confusa, de onde ele tinha tirado essa ideia?-






_Não, por que diz isso?







Justin: ah, então não vi essa marca de batom vermelho na sua bochecha -disse entrando no carro-







Minha garganta parecia que tinha travado, minhas mãos começaram a suar frio e a tremer. A única força que tive foi de levantar meu celular e olhar pelo reflexo a marca de uma boca de batom vermelho em minha bochecha, meus olhos se encheram de lágrimas e eu sorri apavorada e completamente feliz.






Justin: (SN), vamos -ouvi sua voz de dentro carro, respirei fundo limpando novamente as lágrimas e me sentei no banco sem dizer nada- você está bem amor? -disse preocupado em me ver chorar novamente, mas lágrimas de felicidade-





_Nunca estive tão bem em minha vida -coloquie minha mãe por cima da minha bochecha sorrindo e deixando que as lágrimas caíssem de pura felicidade, sem dizer mais nada e sem ao menos entender ele deu a partida no carro deixando o cemitério que a pouco tempo atrás era questão de coragem e forças e agora era apenas de felicidade realização.


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